quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Ervas, mel e... cerveja, a mistura insuspeita?

Há três novos projetos que misturam empreendedorismo e reinvenção da tradição, e foram apresentados ao final da manhã de hoje, na Tenda de Conferências da Festa das Colheitas de Vila Verde. São dinamizados por gente muito jovem e o município de Vila Verde e a Proviver resolveram promovê-los dando-lhes visibilidade e condições para se expandirem, já que o grande objetivo deles é dar uma nova dinâmica e modernidade à produção agrícola.


'Arco Íris Aromático', ervas aromáticas com imagem atrativa

Aparentemente não há grande novidade em plantar ervas aromáticas, foi Sandra Silva, uma das duas irmãs empreendedoras do projeto (juntamente com Elisabete) quem o reconheceu. "Mas há pouca informação em torno das ervas - como usá-las? as lendas, a história, o percurso das mesmas, os fins medicinais... - que ajudam a enobrecer e a aumentar o interesse em torno delas", referiu Sandra.
Ao todo são 10 as ervas propostas "e criámo-las da forma o mais natural possível, começando por respeitar o tempo delas. É por isso que hoje, aqui na Feira, não temos algumas porque já passou a época delas", continuou a jovem.
Elisabete, a outra irmã, estuda Turismo e sabe quão importante hoje é a imagem para a promoção de um produto. Daí que as ervas sejam plantadas em vasos primorosamente decorados com motivos de Lenços de Namorados "que podem ser reutilizados", assim como um pequeno desdobrável com informação sobre a erva e contactos das mentoras.
"Para já apostaremos em Feiras, pontos turísticos e lojas gourmet", acrescentou Sandra, num projeto que conta apenas 3 meses! 'Arco Íris Aromático' é mais um produto da marca Namorar Portugal.

As 10 ervas 'mágicas':

  1. alfavaca
  2. manjericão
  3. tomilho
  4. salsa
  5. funcho
  6. cidreira
  7. oregão
  8. pimentão vermelho
  9. pimentão ornamental
  10. coentros


'Mel Vale do Homem' e futuramente castanha, noz e vinho!

O mel Vale do Homem foi apresentado em Fevereiro, como um produto Namorar Portugal. Hoje a novidade foi a apresentação de dois jovens empreendedores que vão dinamizar a sua comercialização e ainda expandir a marca 'Vale do Homem' a uma linha de produtos endógenos da região. Os próximos serão o vinho, a castanha e a noz. 
Ricardo Cunha e João Silva abraçaram e investiram no conceito, que teve como iniciante a Associação de Freguesias de Vale do Homem. Não lhe conferindo o papel de comercializar produtos, a Associação viu com bons olhos a entrada destes dois jovens, dinamizada pela Proviver, empresa que 'acendeu o rastilho' à cooperação.
"É possível desenvolver produtos agrícolas com qualidade e adicionar-lhes modernidade, remetendo para as origens", afirmou Ricardo Cunha. "O objetivo e o o trajeto que pretendemos fazer é criar novas rotas comerciais, fazer chegá-los às grandes superfícies e, se possível, a exportação", concluiu Ricardo.


'Cerveja Artesanal do Minho', em terra de vinho!

A inovação e 'ousadia' do terceiro projeto apresentado foi o de lançar uma cerveja "em terra de vinho", como salientou o apresentador dos projetos Dr. Manuel Barros, presidente da Proviver. A 'Cerveja Artesanal do Minho' é como o nome o diz "100 por cento natural, 100 por cento artesanal, feita sem recurso a maquinarias, tudo com uso da força humana", sublinhou o (quase) doutorado Filipe Macieira que, juntamente com o sócio Francisco Pereira, criaram este novo produto que serve de fundamente à tese de doutoramente que desenvolvem, no curso de Engenharia Biológica da Universidade do Minho.
"Esta ideia surgiu de uma viagem que fiz à República Checa, e lá as cervejas artesanais são muito habituais. Há restaurante que fazem as suas próprias cervejas", contou Filipe Macieira.
Das quatro cervejas que apresentaram, destacaram duas. A que Filipe apresentou durante a sua intervenção, de rótulo castanho "é a mais deferenciadora e rústica de todas, com 9 por cento de alcool, mas é a Cerveja de Trigo que tem tido mais aceitação". 

No final, o presidente da Associação de Freguesias de Vale do Homem, José Pimentel Silva, mostrou-se claramente satisfeito com esta cooperação: "Neste momento temos que apoiar a agricultura e os jovens investidores".
A vereadora da Cultura e Turismo, Dr.ª Júlia Fernandes, revelou-se fã destes novos produtos, mas acima de tudo da atitude empreendedora por detrás deles: "São ideias arrojadas e inovadoras, que temos que apoiar desde a primeira hora."

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