A Festa das Colheitas
2015 acabou como tinha começado… em grande. No primeiro dia do programa, o
antigo vocalista dos Da Weasel, Carlão, trouxe a Vila Verde um mar de gente
para assistir à atuação de uma lenda da música portuguesa. No último dia, 18 de
outubro, foi a música popular a garantir o banho de multidão. Cerca de meia
centena de grupos e mais de 600 tocadores de inscritos para um dos maiores
encontros de concertinas do mundo desde que, há dez anos, Vila Verde
estabeleceu o record do Guiness que se mantém até aos dias de hoje. As melodias
alegres e contagiantes da ‘rainha do Minho’ tomaram conta do recinto, enquanto
no Estádio Municipal decorria outra atividade muito afamada, a Corrida de
cavalos de Passo Travado, que fez as delícias dos amantes da modalidade.
Durante o dia, destaque aina para a feira de velharias, a concentração de
carros clássicos e a feira de stocks solidária, que contribuíram em grande escala
para enriquecer o programa do último dia do certame.
Pelo meio, dez dias de
intensa atividade, com mais de 50 iniciativas distintas, 18 espetáculos
musicais e 166 stands de expositores, numa prova inequívoca da relevância de um
dos maiores eventos nacionais dedicado à época das colheitas e ao mundo rural.
O Festival Gastronómico atraiu ao recinto largos milhares de pessoas que não
enjeitaram a oportunidade de se deliciarem com as maravilhas da cozinha
regional. As encenações de práticas agrícolas ancestrais permitiram aos
visitantes conhecer os usos e costumes da região do Minho e participar nas
recriações preparadas com rigor e minúcia. As dezenas de stands de artesanato
colocaram em evidência os trabalhos de rara beleza elaborados pelos atores
locais. O novo record do Guiness (16 de outubro), com a maior concentração de
chapéus personalizados do mundo, e a transmissão da TVI, seis horas em direto a
partir de Vila Verde, contribuíram de forma decisiva para promover e divulgar o
território dentro e fora de portas. A televisão nacional apresentou também em direto para o país e para o mundo três novos produtos da marca Namorar portugal: azeite, queijo e mel. Uma vasta e diversificada panóplia de
atividades, num programa planeado para proporcionar aos visitantes experiências
únicas, que os conduziram numa emocionante viagem pela genuinidade da cultura
minhota.
Balanço positivo e vontade de crescer
No último dia do certame,
o presidente da Câmara Municipal de Vila Verde, António Vilela, não escondeu a
satisfação pelo sucesso de um evento que se vem afirmando de forma cada vez
mais perentória no panorama nacional. “O balanço é extremamente positivo e é com
grande satisfação que constatamos que a Festa continua a crescer. Tivemos este
ano o maior número de stands de expositores de sempre [166] e, apesar de em
alguns dias o clima não ter ajudado, as pessoas compareceram em massa e
demonstraram claramente o carinho que sentem pela iniciativa”, referiu. Um
conjunto de predicados que permite augurar um futuro auspicioso para o certame.
“Estes indicadores dão-nos confiança e mostram que há condições para a Festa
das Colheitas continuar a crescer. É com esse objetivo que vamos continuar a
trabalhar, para colocarmos o evento numa posição de ainda maior relevo no
panorama nacional”, afirmou António Vilela, acrescentando que a recetividade do
público faz com que a estratégia municipal de promoção do território através da
promoção da tradição e da cultura vilaverdense se assuma claramente como uma
aposta ganha.
“O pulsar genuíno do mundo rural e da tradição
minhota”
Por sua vez, a vereadora
da Cultura, Júlia Fernandes, enalteceu o trabalho desenvolvido pelos parceiros locais
que, em conjunto com o Município de Vila Verde, permitiram dar corpo a um
evento ímpar, que se assume como “uma homenagem à época das colheitas e ao
mundo rural”. A vereadora teceu ainda rasgados elogios ao rigor com que foram
preparadas as recriações de práticas agrícolas ancestrais, apontando o novo
recordo do Guiness, o Encontro de Tocadores de Concertinas, a Festa do Caurdo e
o Festival Gastronómico, como alguns dos momentos mais altos de uma programação
rica e diversificada. Nota de realce também para o I Encontro de Cavaquinhos,
que trouxe ao Palco das Colheitas mais de duas dezenas de grupos de toda
região. “Um momento assinalável que surge na senda da estratégia de valorização
e promoção deste instrumento tradicional da tocata popular. Queremos que seja
cada vez mais notado e usado, tal como aconteceu com a concertina há uns anos,
torná-lo ainda mais popular e fazer com que os jovens adiram a este instrumento
extraordinário”, frisou Júlia Fernandes, destacando ainda a projeção
internacional obtida com a transmissão do no programa da TVI ‘Portugal Somos
Nós’ em direto a partir de Vila Verde, com seis horas de reportagens sobre o
que o concelho tem de melhor. A vereadora concluiu, vincando que a Festa das
Colheitas se afigura como uma oportunidade de excelência para “experiências
únicas, que colocam os participantes em contacto com o pulsar genuíno do mundo
rural e da tradição minhota”.
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