sexta-feira, 16 de outubro de 2015

ATAHCA com mais autonomia no novo quadro comunitário


 A ATAHCA – Associação de Desenvolvimento das Terras Altas do Homem, Cávado e Ave sai com poderes reforçados no novo quadro comunitário Portugal 2020. A instituição sediada em Vila Verde tem agora total autonomia no processo de candidaturas de pequenas explorações, até 25 mil euros, cabendo-lhe a abertura, análise e aprovação de candidaturas. A informação foi avançada pelo presidente da ATAHCA, José Mota Alves, durante palestra para apresentação pública da Estratégia de Desenvolvimento Local (EDL) ‘Cávado com...vida!’, aprovada para o período 2015-2020, no âmbito do Desenvolvimento Local de Base Comunitária (DLBC Rural).
O líder da ATAHCA relembrou as excelentes dinâmicas implementadas no passado, em que se assumiu com a entidade nacional que conseguiu granjear o reforço mais elevado, na ordem dos 40%, decorrente do elevado número de candidaturas bem sucedidas. A fasquia é alta mas as perspetivas de futuro parecem promissoras. O objetivo é aplicar uma grande fatia do montante total já na primeira fase de candidaturas e as coisas estão bem encaminhadas nesse sentido, porque “nas visitas que temos feito constatámos que existem muitos projetos interessantes em desenvolvimento”. Desta forma, José Mota Alves procura posicionar a instituição na linha da frente para ter acesso à reserva nacional de eficiência e colocar à disposição dos candidatos da sua área de abrangência um maior volume de fundos de apoio ao investimento.

FEADER: Apoio a investimentos até 200 mil euros
Em termos mais práticos, os interessados ficaram a saber que as diferentes opções disponíveis no que aos apoios comunitários diz respeito. O FEADER vai apoiar investimentos até 200 mil euros, com comparticipação na ordem dos 50%, e são elegíveis candidatos que operem em setores complementares à atividade agrícola. No FEDER serão apoiados investimentos até 100 mil euros, sem que seja possível para já avançar com a taxa de comparticipação, e os fundos estão disponíveis para “uma imensidão de projetos”. Nota de destaque para o facto de, pela primeira vez, existir neste âmbito apoios que visam a criação de emprego. A área de intervenção também foi alargada e o trabalho desenvolvido pela instituição passa agora a abarcar uma população total de cerca de 150 mil pessoas dos concelhos de Vila Verde, Amares, Terras de Bouro, Braga (15 freguesias), Barcelos (29 freguesias) e Esposende (3 freguesias).

Vila Verde: Diminuição ou isenção total de taxas
Por sua vez, o vereador do Município de Vila Verde que tem a seu cargo o pelouro da Agricultura e das Pescas, Patrício Araújo, apelou à união entre os produtores dos diferentes setores para que os projetos vilaverdense ganhem escala e dimensão, tornando-se mais fortes e com maior capacidade de oferta num mercado voraz e altamente competitivo. O vereador lembrou que a atuação do Município tem caminhado no sentido de incentivar e promover o investimento em Vila Verde. Verificou-se, no ano transato, a redução de várias taxas municipais, com alteração significativa na TMU e discriminação positiva da edificação em solo rural como forma de incentivo a que as populações se fixem nessas zonas. Noutros casos existe mesmo a isenção total de taxas, nomeadamente, “nas operações urbanísticas destinadas ao estímulo da atividade económica e à coesão territorial, como os projetos agrícolas, pecuários e florestais e também os empreendimentos turísticos".
O vereador sublinhou ainda que a Câmara Municipal de Vila Verde tem seguido, nesta matéria, uma estratégia assente em três pilares fundamentais. Valorização dos produtos agrícolas e agroalimentares; promoção, inovação e conhecimento; dinamização da atividade turística e restante tecido socioeconómico. Para concluir, lembrou a importância de adoção de práticas amigas do ambiente, que permitam reduzir o impacto do cultivo nos ecossistemas.

Dia dedicado às especialidades regionais
O dia de ontem foi dedicado à gastronomia e às especialidades regionais, pelo que as tasquinhas presentes no recinto deram um enfoque ainda maior à gastronomia tipicamente minhota. Ao final da tarde, pelas 17h00, o chef Vinagre dirigiu um showcooking em que desvendou aos presentes os segredos de um prato bastante conhecido. O tradicional arroz de pica no chão foi alvo da criatividade do mestre de cozinha, que resolveu inovar e dotar o prato de novos sabores, nomeadamente aqueles de que se alimenta o ‘pica no chão’, como o milho e vegetais diversos. O resultado foi delicioso e a plateia aprovou com distinção a iguaria com que foi presenteada. Algumas horas antes, ao início da tarde, decorreram os ateliers de dança e pintura, protagonizados pelos alunos da Escola Secundária de Vila Verde que pintaram com um colorido especial a tarde de várias crianças e utentes da APPCDM. Durante o serão o espetáculo musical protagonizado por Jorge Loureiro foi o grande atrativo do programa, num banho de multidão para ver atuar um cantor popular tão acarinhado pelo público.


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